Enquanto houver vinha, haverá tanoaria
Manuel Joaquim Rocha nasceu em 1953 na freguesia de Esmoriz, concelho de Ovar, no seio de uma família de tanoeiros. Tinha sete anos quando começou a aprender o ofício com seu pai, Joaquim da Rocha. A Tanoaria Rocha, tal como a conhecemos hoje, foi fundada em 1967 pelo pai e por lá também passou um irmão que, em Esmoriz, também ainda se dedica a esta arte. O “tanoeiro”, como é conhecido na cidade e arredores, estabeleceu-se em Penafiel em 1976, «um ano de muita produção de vinho, em que tínhamos muito trabalho».
Nos tempos que correm, além de fazer e recuperar pipas utilizando muitas das ferramentas que herdou, também se dedica à feitura de objetos a partir das suas formas: cadeiras, mesas, bares, floreiras, relógios, fruteiras – o que o cliente quiser -, pois gosta de desafios. Com orgulho, elogia a sua arte, «a profissão é bonita e tem história, em qualquer filme aparecem pipos, até para estoirar pólvora!».